sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PONTE



entre o agora e o agora,
entre o que sou e o que és,
a palavra ponte.

entrando nela
entras em ti:
a palavra liga
e fecha como um anel.

de um banco ao outro
há sempre
um corpo longo:
um arco-íris.
dormirei sob as suas cores.





Nota:. Este post é dedicado, em especial, ao Grifo Planante, que ainda não atravessou esta ponte!


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Foto: F.Reis(c)2011
Local: Chaves, a mais recente ponte pedonal sobre o Tâmega
Poema: "A PONTE" de Octávio Paz na versão de Pedro Calouste cit. in UMA CASA EM BEIRUTE

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3 comentários:

Sara disse...

A verdade é que não conheço Chaves e, por inerência, a ponte é também uma completa novidade.
Novidade não é o seu bom gosto para a escolha de poesia. Aqui está um exemplo acabado disso mesmo.
Um abraço e um bom domingo!

mfc disse...

As pontes fizeram-se para serem atravessadas!
É esse o caminho para o conhecimento.

lis disse...

Aprendi a gostar do Rio Tâmega desde quando ele pedia socorro pra nao desaparecer , hoje já inauguram uma ponte que o valoriza ainda mais e certamente o torna mais visível e mais respeitado.
Rios! eu amo os rios e como diz o poema a palavra "ponte" liga.
eu diria que também separa
e desejo que sempre nos ligue,
num abraço.

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