segunda-feira, 25 de maio de 2009

EXCELENTE !


O que dizer depois da "chávena" arrumada (e refiro-me apenas aos dois últimos dias de actividades da Semana "A Floresta na Cidade", nomeadamente ás actividades do dia 22, dedicado à temática "a árvore na cidade" e do dia 23 dedicado aos 49 anos de aprendizagem com a natureza)? Fica o resumo possível.

sexta-feira 22.05.09 - O painel



Com a moderação da Arqª Paisagista Sofia Barrias, teve qualidade garantida pela presença dos Prof. Doutores Nuno Moreira e Luís Miguel Martins bem como do Dr. Manuel Martins, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Vila Real.

Sexta-feira 22.05.09 - Os oradores



Uma delícia (música para ouvidos paisagistas), ouvir/(re)ver a Arquitecta Paisagista Laura Costa, que realçou a necessidade urgente que temos todos de repensar o espaço urbano nas suas diversas vertentes, entreabindo-se uma porta do futuro com o anunciado regresso ao naturalismo e a reconquista de novos espaços de intervenção, como as hortas citadinas (que Gonçalo Ribeiro Telles vem há anos defendendo para a sua Lisboa).

Interessante, a intervenção dos colegas da Câmara Municipal de Lisboa/ISA que alertaram (pelo menos a mim) para várias "tendências" que raramente consideramos em fase de projecto, e a que deveríamos estar mais atentos, como por exemplo o facto de, nos jardins estudados em Lisboa - 31 - se identificarem cerca de 46 famílias botânicas - 58% das quais correspondentes a espécies persistentes - e faço um parênteses para referir um dado do estudo do colega do 3º ano de eng. florestal, que participou nestes trabalhos, sobre o sequestro de carbono - no meu entender uma excelente "desculpa" para reforçar a intervenção paisagista nas nossas cidades - referindo ele os géneros Platanus e Celtis como bons sequestradores de carbono.



E o que dizer da intervenção do colega Engenheiro Florestal (Professor Doutor) e amigo, Luís Martins, que arrancou os aplausos mais fortes com a frase "deixem as árvores serem livres, não as podem!" e nos lembra que, dos estudos que foram feitos em Vila Real sobre que árvores tem esta cidade, 70% delas recai em seis espécies de crescimento rápido (dos géneros Tilia, Platanus, Populos e Quercus).



Muito bom, o remate final da Arquitecta Paisagista Isabel Mata Torres que discutiu e nos levou a pensar em Projecto (de Arquitectura Paisagista, principalmente), do ponto de vista de quem é responsável pela manutenção (conservação não criativa e repetitiva) dos espaços verdes construídos, e sempre em função do tempo - que em todas as fases é um factor de projecto: planeamento, desenho, implementação e manutenção, entenda-se, com conceitos e regras bem definidas.

(Excelente o grafismo utilizado na apresentação!)

Sábado 23.05.09 - O painel



Marco este, para mim, como sendo o dia em que o CIFAP (Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista) efectivamente nasceu. E isto diz quase tudo.

Bom, mas se o Professor Doutor Luís Fernando Torres de Castro e o Professor Doutor Carlos Pacheco Marques nos relataram o que foram os inícios, os percursos desde então e as perspectivas futuras das duas áreas agora irmanadas (e não resisto a afirmar que pertenço a ambas por direito conquistado!), os representantes das diversas vertentes do Departamento apresentaram, por seu lado, as actividades principais desenvolvidas e a desenvolver em cada um dos seus sectores.

E sobre o Prof. Torres de Castro tenho que partilhar o seguinte facto observado, de cariz deliciosamente paisagista: Chegado ao local das comemorações (a horas, como eu e mais outra colega, e mais ninguém!), e depois de estacionar o seu carrito, dirigiu-se à porta principal, passando por um canteiro de Pachysandra sp., junto ao tanque (vazio) de água. Seria normal para qualquer um de nós, admirar de passagem o aspecto fresco e verdejante daquele coberto perene, mas a ele, isso não bastou. Deteve-se, percorreu todo o espaço com os olhos e com as mãos, descobrindo e arrancando (não completamente, confessou-mo mais tarde) pela raiz uma jovem plantinha de Acer pseudoplatanus que ali (por uma razão de escala e objectivo) seria sempre uma infestante.

É de Paisagista ou não é?. É.


Sábado 23.05.09 - O debate



Moderado pelo Prof. Doutor João Bento, o momento foi importante mas deveria ter a presença obrigatória dos mais notados ausentes - os alunos - uma vez que reflectiu o percurso de alguns ex-alunos dos três cursos em questão nesta comemoração - Engenharia Florestal, Arquitectura Paisagista e Ecologia Aplicada, todos, sem excepção, poderiam servir de exemplo de oportunidades criadas, tidas e/ou aproveitadas para as gerações mais novas. Acrescento que quase todos os oradores foram meus colegas de curso, nos saudosos anos 80.

Sábado 23.05.09 - Foto de Família

Tem que ter esse mesmo nome pelas razões já expostas. Pena foi que muitas raízes desta Senhora Árvore não tenham podido estar presentes (assim por alto, e entre os antigos alunos de Arquitectura Paisagista éramos para aí uns bons cinco elementos a que se juntam outros tantos ex-alunos, actuais docentes! Claro, que entre a malta florestal houve mais presenças de várias gerações que passaram pela "casa-mãe").

Não se esqueçam é de pedir uma foto ao Miguel, o fotógrafo de ocasião.

- Apanhaste-nos a todos? Ai de ti que eu não esteja lá! Não te deixo ir ao Encontro de Julho (e já sabes bem o que vais perder) :)

Sábado 23.05.09 - o Jantar

Depois das entradas, ah Simone, Simone, mesmo com elas já com 2/3 anos de congelador e algumas com sinais evidentes de doença prolongada (calma, que estou a ironizar!), as trutas estavam divinais, e isto já para não falar na vitela e no puré, que se seguiram, bem como da bavaroise de morango e da outra coisa amarela (leite creme?), que acabei por não provar. Tudo regado com bom vinho, gaita-de-foles e um cafezinho em chávema-brinde personalizada do Departamento.

O fim-de-festa, deu-se entre malta Florestal até horas bonitas da manhã seguinte, na Ponpeia do Pioledo, em pura e franca confraternização (parabéns mais uma vez Carlos - o de Amarante, claro!) entre dois ou mais alguns copos de cerveja.


E VIVA A ENGENHARIA DO PAU!


Post Scriptum:


No final do dia recebi uma "velha novidade", que tenho que partilhar: o meu estágio curricular em Engenharia Florestal, entregue em 1995 e eleborado no (então) Instituto Florestal - Delegação de Vila Real, resultou num projecto de arborização que, entretanto foi CONCRETIZADO. No mínimo, em termos florestais e profissionais, fui Pai (apesar de ausente e de tardiamente o saber) de uma série de "meninos" que estão neste preciso momento a crescer - e bem, se bem me informaram (preparem o jipe que eu vou mesmo lá ver isso!).

Fica registada a minha enorme alegria, mesmo que ninguém consiga nunca perceber o que aquele facto significa para mim.

E fica aqui um slideshow curtinho com algumas imagens.


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