quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ponte


A imagem que deixo hoje é (obviamente) de uma ponte, que eu já atravessei várias vezes.

Como diria (cantaria é o termo certo) o Luís Portugal (um vilarealense dado em alentejano) nos tempos saudosos dos "jáfumega":



a ponte é uma passagem, p'rá outra margem

desafio, pairando sobre o rio ...
a ponte é uma miragem

Se é óbvio que a ponte a que se referia não era esta (não a real mas sim a metafórica, claro), deve ser óbvio também que a descrição feita se encaixa nesta, na perfeição.
Situa-se em Chaves e permite unir (diria mais unificar) ambas as margens do Tâmega, dando sentido ao novo Parque Urbano desta cidade, uma vez que através dela podemos percorrer (correr, andar, patinar, bicicletar, ...) uma parte importante da cidade, uma parte que, apesar de acessível, não era convidativa.

A meu ver apresenta dois problemas que poderiam ter sido resolvidos de outra forma:
  1. o sistema de sustentação transformou-se no objecto mais relevante da paisagem em redor, uma vez que a sua altura (necessária para sustentar o peso previsto com os cabos de aço) ultrapassa a copa da maioria das árvores em redor;
  2. o atravessamento, ou o passo ritmado dos transeuntes provoca um balanço que, por vezes, gera uma sensação desagradável de desequilíbrio, e se isso até pode ser divertido para os mais novos (que naturalmente têm mais apetência para descobrir novas funcionalidades), o mesmo já não posso dizer dos mais velhos, como me parece evidente também.
Fora isto, fica o convite a descobrir esta ponte e as margens que ela liga; o Tâmega e os Tamagani não se importam, com certeza.

(já agora ficam a saber que nas proximidades desta se situam mais três tipos de atravessamento do rio. Duas delas são pontes - uma delas icónica da cidade e com mais de 1905 anos de idade - e a terceira, as "poldras" romanas - provavelmente mais antigas ainda que a dita ponte, a de Trajano).

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