domingo, 30 de junho de 2013

DOMINGO DE FLORES: dedaleira


 "Ché si diceva: il fiore ha come un miele
che inebria l’aria; un suo vapor che bagna
l’anima d’un oblìo dolce e crudele."

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Foi um poema.
Aliás, dois!

Um, escrito pelo italiano Giovani Pascoli (cujo excerto rodeia a foto principal) e o outro, e de uma forma distinta e muito clara, o ambiente que encontrei nos locais em que fotografei os exemplares desta planta. 

Duas belas fontes de inspiração.

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Hemicriptófito da família das Scrophulariaceae, esta planta bienal ou vivaz, nativa da Europa e de caule erecto - que pode atingir mais de metro e meio de altura - floresce entre Abril e Setembro (dispondo as flores em cacho, cada uma em forma de dedo ou dedal, de cor purpura, rosada e até vermelha com pintas escuras na parte interna), encontra-se nos habitats onde predominam os matos ou ruderais, sendo conhecida entre nós por milhentas designações comuns (Abeloura, Abelouro, Abelouro-vermelho, Alcoques, Beloiro, Beloura, Boca-de-sapo, Caçapeiro, Calças-de-cuco, Caralhotas, Chapote, Chapoto, Dedaleira, Delaleira, Digital, Enchoque, Erva-dedal, Erva-dedeira, Estalo, Estoira-fois, Estoirotes, Estoura-foles, Estorafoles, Estraques, Folha-deraposa, Folha-de-sapo, Luvas-de-Nossa-Senhora, Luvas-de-Santa-Maria, Maia, Matruca, Mena, Nenas, Podonhos, Pilatroques, Pucarinhos, Teijeira, Tracles, Traqueira, Traqueiro, Trocles, Trócolos ou Troques) - denominações para todos os gostos! para designar a Digitalis purpurea L.





Como qualquer "bela" que se preze, tem o seu "senão": é venenosa! o que não a impede de ser cultivada como medicinal (pela digitalina - medicamento cardíaco - que contém), e como ornamental, pois possui inúmeras variedades hortícolas de flores róseas ou brancas.


 



 


  


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Claro que as fotos foram todas obtidas por mim, em Vila Real, mas o poema "Digitale Purpurea" é de Giovani Pascoli, que encontrei AQUI e, para os que gostam destas coisas, recomendo a leituras destas páginas: ESTA  e ESTA
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BOM DOMINGO FLORIDO PARA TODOS!

1 comentário:

Montse disse...

Me encanta esta flor ¡y la de nombres comunes que tiene! y aún así se inconfundible.
Un abrazo, Fernando.

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