sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Reflexões sem pásaro mas com estátua

Estátua do Edifício do Infantário das Freiras, Chaves


Num sítio que já foi cerca de convento com um olival de que já não se tem grande memória, há um edifício com uma estátua e sobre a sua cabeça, reparei por acaso, repousou um pardal -comum (Passer domesticus L.) que, infelizmente, fugiu da câmara - se calhar não gosta muito de atenções!

Ele descansou. Eu não.

Ela (a estátua) traz-me à memória coisas importantes, sobre as quais gosto de reflectir:

A figura de mulher e de Mãe, protectora e cuidadora dos seus filhos;

O papel da história na definição dos espaços da cidade - além do edificado e do vegetal, a estatuária marca o tempo (passado, presente e futuro) e simboliza a época;

A função (para além da forma) que que o conjunto representa/representou/representará - se a cidade cresceu entre muros e fortificações, em torno dos campos produtivos, ao ritmo das estações do ano, das cheias e das colheitas, certamente que evoluiu (?) com o derrubar das pedras e a abertura dos espaços reservados (castelos, fortes, cercas conventuais, paços, quintas, ...) que se transformaram em espaços públicos, de usufruto público, como os jardins, que encontramos por aqui e por ali.

O futuro, espero, que não seja o deserto - urbano e humano.

O passarito descansou e desandou. Eu não.


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