quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

MARIA RITA






Dizem (muitas fontes) que este é um (ou o...?) espaço público, intencionalmente ajardinado, mais antigo de Chaves, com uma história interligada com a de uma Maria Rita que ali ou por ali, passeava os filhos pequenos do seu patrão ...

Na Blogosfera (como, por exemplo, nos espaços flavienses que sigo com atenção) mostram-se imagens antigas e bem diferentes do aspecto geral que se manifesta hoje em dia.

Quando passo por ele (ou pelo que resta dele...?) e o observo com atenção, não consigo deixar de pensar em certas palavras da letra da canção "Espelho de Água" de Paulo Gonzo.

Ambos encerram uma certa tristeza e, ao mesmo tempo, uma certa esperança, ambas eminentemente nostálgicas, com a mesma cor dos dias de chuva, que nem tudo lava ...


Ficam as palavras em honra e memória da água que já não corre - nem na taça que é um fosso (curiosamente ainda corre na taça que já lá esteve...), nem pela trombeta do menino enegrecido com os olhos brancos e bem arregalados - e da História que, parece-me, poucos querem, ou conseguem, lembrar.


(...)

Olhos bem abertos, percorro a paisagem

E guardo o que vejo, para sempre, uma clara imagem
Um manto imenso de água, um pingo move o mundo,
Corrente forte exacta, de um azul quase profundo,

Um sopro de ar, faz girar, o mundo melhor,
Raio de sol, luz maior, para partilhar,
O espelho nunca mente, fiel como ninguém,
Faz da vida, paixão energia, que toca sempre mais
alguém,

(...)


in Espelho de água, Letra de Paulo Gonzo


E que haja, pelo menos, iluminação de espírito para quem, um dia, resolver decidir que plantar "mamarrachos" em torno dos espaços verdes públicos ainda não é suficiente.


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