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quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESTÁTUA

2 Comentários
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Cansei-me de tentar o teu segredo:
No teu olhar sem cor, de frio escalpelo,
O meu olhar quebrei, a debatê-lo,
Como a onda na crista dum rochedo.


De ESCULTURAS

Segredo dessa alma e meu degredo

E minha obsessão! Para bebê-lo
Fui teu lábio oscular, num pesadelo,
Por noites de pavor, cheio de medo.
E o meu ósculo ardente, alucinado,


De ESCULTURAS


Esfriou sobre o mármore correto

Desse entreaberto lábio gelado...
Desse lábio de mármore, discreto,
Severo como um túmulo fechado,
Sereno como um pélago quieto.



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Foto: F.Reis(c)2011
Escultura: "Ninfa do Tâmega". F.Reis(c)2011
Poema: "Estátua" de Camilo Pessanha in 'Clepsidra' cit. in O CITADOR

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