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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

... e o resto é paisagem, dizem eles.

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http://openlearn.open.ac.uk/ - © Alan Wylie Photographer

Se uma paisagem natural é o resultado de uma série de processos (naturais ou mais artificiais) ao longo dos tempos que, de uma maneira ou de outra, nos causam sensações ou, pelo menos, afectam ou interagem com as nossas percepções sensoriais, então, do simples vaso ao mais complexo corredor ecológico, temos a obrigação (porque as nossas interpretações são resultado de intervenção humana exclusiva) de "criar" com o objectivo de de as elevar ao máximo (as sensações, claro), não defraudando as nossas expectativas - o construído tem obrigação de ser o mais próximo possível do natural. Se não o for em termos técnicos ou formais, pelo menos que o seja no prazer que causam em quem os usufrui e vivencia.

Não há nesta ideia nenhum rótulo - nem naturalismo nem modernismo, nem nada que se assemelhe a outras embalagens interpretativas artificiais.

Sensibilidade e bom senso, obrigatoriamente.
Técnica e estética, evidentemente.
Forma e função, pois claro.
Pelo e para o homem, sempre.

O resto ou é natural - e o melhor é deixá-lo lá a evoluir ao seu ritmo próprio - ou são uma data de tretas que enchem parangonas e ... pouco mais.

É preciso sempre recordar que "o Jardim" aparece porque o homem aprendeu a dominar elementos naturais (estou convicto que ainda não domina é coisa nenhuma) e começa a criar, para seu deleite, contra-pontos aos desertos, albergando em espaços determinados, mais ou menos ordenadamente, o melhor (em número, quantidade, qualidade e excelência) que a própria natureza lhe mostrava ser possível de atingir.

Tudo o mais é fruto da nossa imaginação e receio que, por sermos humanos, esta nos leve muitas vezes a fazer o percurso contrário e os exemplos estão aí para serem observados.

|E o que tem a ver o texto com a foto?

Ela foi inserida originalmente num local (clicar no link do rótulo da foto) onde se abordava a problemática da Cidade Dual, um conceito desenvolvido por Castells. Quando pesquisarem a sério sobre o assunto vão entender.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Playground's are for people

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Por vezes (e até parece ser uma regra generalizada, dependendo da "marca" apenas) determinados espaços públicos, como os parques de diversão (e este termo é mais interessante para mim, porque deixa no ar a possibilidade de EU me divertir neles também), independente do "alvo" tendem a parecer todos semelhantes em termos de equipamentos e espaços que proporcionam uma verdadeira diversão, para o corpo e para a mente, mudando geralmente (e naturalmente) a forma ou a disposição (aborrecidos, é o termo usado no vídeo).

O vídeo seguinte ilustra uma situação (na cidade de Richmond, Canadá) de um parque de recreio (O Garden City Park) onde este pressuposto é posto em causa pelos seus autores, o gabinete de Arquitectura Paisagista space2place.

Concorde-se ou não, pelo menos tem o mérito de sugerir algo diferente da tendência actual.

A mim, pelo menos, deixou-me muito que pensar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Moder ... nismo ... nidade ... no

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Esta imagem em particular, impressa num livro da colecção Tachen, de uma colecção do jornal Público de 2006 (COHEN, J.-L.. 2006. Le Corbusier, 1887-1965 - Lirismo da Arquitectura da Era da Máquina. colecção Tachen) foi, e ainda é, uma das mais importantes para mim ficando-me na retina precisamente desde o momento em que comecei a interiorizar que talvez o meu futuro se fundisse com a Arquitectura Paisagista.

Trata-se de um conjunto de casas geminadas projectadas e construídas em 1926-1927 pelo Arquitecto suíço Charles-Édouard Jeanneret, que então já usava o pseudónimo "Le Corbusier", em Weissenhofsiedlung, em Estugarda, na Alemanha e é interessante verificar o nível de modernidade, que se traduz pela pureza das linhas rectas e da leveza do material (da constituição às cores), perfeitamente "enterradas" num terreno pouco modelado, com vegetação, um conjunto que ainda hoje, 80 anos depois, ainda pode ser considerada modernamente actual.

E é isso que me interessa para a Arquitectura Paisagista, nomeadamente o planeamento de espaços que respeitem princípios do funcionalismo estético - muito para além de belos (seja lá o que isso for para cada um de nós) os objectos-conjuntos (inertes, obras de arte, pisos, muros e muretes, plantas, espaços e recantos, ...) têm que ser funcionais do ponto de vista dos dois agentes mais importantes: homens e natureza (e escuso-me a referir os diferentes aspectos relacionados com a sustentabilidade que só se obtém com o uso de materiais e plantas endógenos ou autóctones, com o respeito pelos fluxos naturais do ar, água e restante matéria, sempre com a colaboração desse "agente especial", promotor, manutentor e usufruidor último e por excelência destes espaços, sem esquecer também a restante fauna, ...), o que só se consegue com um bom conhecimento do espaço, da sua integração histórica e com vontade e dinheiro...

Posto isto, passa a ser perfeitamente secundário para mim se o resultado final se enquadra num dos inúmeros movimentos estéticos em voga actualmente: modernismo, pós-modernismo, segunda vaga modernista, land-art, etecéteritismo, mais não são que "capas" (como os vestidos que as meninas vestem ás bonecas) com que cobrimos o "esqueleto", e esse sim é que é realmente importante, quanto mais não seja porque sustenta todo o resto e é nele que vivemos.

Eu penso assim.
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