Um cartaz à minha frente anuncia em letras gordas que Chaves vai mudar... E se é evidente que a causa política que lhe está subjacente não me interessa para nada nem um bocadinho (porque não me apetece) do ponto de vista das plantas (e enquanto utente) espero que a mudança favoreça o todo, e exemplifico: no local onde me encontro (esplanada do Aurora, na "coisa" General Silveira) e, em nome da mobilidade, criou-se um "deserto" de lagetas de vidraço onde antes existiam canteiros de arbustivas e flores, taças com água e repuxo (e peixinhos), árvores de vários tipos, formas e persistência de folha, e uma magnífica calçada em preto e branco de que só resta a ideia no Jardim do Bacalhau (e vejam lá não aproveitem para a "escangalhar" também).
Quando falo em deserto, digo-o com a convicção e experiência de o observar e experimentar e, claro, falo das épocas do ano todas, especialmente das mais duras.
E se no Inverno, o piso escorregadio (chuva ou gelo) fazem dos passeantes (os utentes a quem a obra se destina) uns verdadeiros heróis, o prémio iria com certeza absoluta para os que, no Verão, se atrevem a lá estar, à torreira do sol (que aqui queima mesmo, como muitos saberão) devido à ausência de sombra fresca.
Os edifícios ganharam visibilidade, mas nem por isso notoriedade acrescida.
É por estas e por outras que quando olho para eles (cartaz, praça, plantas, edificado, pessoas, ...) e ouço os miúdos do Liceu gritar "Vota C" (eleições para a Associação Académica?), acho que sim, "C" só pode significar "Chaves" e, claro, esta tem que mudar - evoluir.
Podíamos era começar já hoje ... e por aqui mesmo ...
[Nota: É evidente que o meu comentário não encerra em si nenhuma conotação política, (nem sequer a referência à lista C dos putos do Liceu) que deixo para os especialistas. Procurei apenas apropriar-me de palavras, pensamentos e emoções que, apesar de comuns, vi, ouvi, li, entendi e me ajudaram a encher o espaço com frases que, para mim, fazem todo o sentido]