Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.
(estou de volta - bem devagarinho - para tomar conta do meu jardim)
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Foto: F.Reis(c)2012
Local: Bendafé
Poema: "Esperança" de Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório' cit in http://www.citador.pt/poemas/esperanca-miguel-torga