Os rios foram talhados para correr as margens
arrancadas à terra. É esse o trajecto que abarcamos
sob os pés - o trajecto que habitamos nas palavras:
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a luz que escoa a bruma embranquecida da memória.
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Corremos nos caminhos da água que vem nos rios
a nossa própria memória embranquecida sob os pés.
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E talhamos as margens ao tributo de vitoriar ao sol
a luz que acende o correr do rio que nos habita.
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Foto: F.Reis(c)2011
Local: Chaves, ponte pedonal sobre o rio Tâmega, com a Ponte de Trajano ao fundo
Poema: "O Trajecto" de Vieira Calado in http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/2012/03/trajecto.html
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