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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Uma sarça a arder talvez antecipe novos mandamentos

5 Comentários
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Aqui há dias escrevi um post sobre o risco da sobre - iluminação nocturna das nossas cidades, no seguimento de uma actividade em que participei, de cariz astronómico.

Como é natural (infelizmente) muitas vezes falamos "de cor" sem nenhum conhecimento prático que sustente a teoria empírica; como Moisés no deserto, antes dos mandamentos lhe terem sido ditados pel'O mesmo que então lhe coloca à frente do nariz uma sarça a arder, como sinal de manifestação divina.

Eis o que se me deparou naquele dia. E claro que não se trata de divino, mas de poder local.


margem direita do Tâmega com o Castelo em fundo, ao longe

Caldas de Chaves e Castelo

traseiras do Hotel Aquae Flaviae

idem, com reflexo no espelho de água

rua da Muralha (Urbanização da Muralha)
Chamo a atenção nesta imagem, também, para o sistema de rega fantástico, com um aspersor que irriga carro, estrada (rega asfáltica, claro está), escadas e um canteiro do lado esquerdo.


Talvez estas fotos (tiradas por mim entre as 22 e as 24h) daquele dia, no Parque Urbano de Chaves possam levar os responsáveis a repensar toda uma política de iluminação dos nossos espaços verdes, pelo menos os públicos - pagos por todos nós - e, em última análise, a iluminação daquele pequeno plátano que nos recorda que, seguramente, temos que olhar melhor para as sarças à nossa frente e rapidamente apontar novos mandamentos nesta "religião" paisagista.

E já agora, (parece-me que) não deve ser muito natural o chilrear constante de chapins, pardais e demais passarada (que nem me atrevo a pronunciar por desconhecimento fiel da sua taxonomia) e a restante actividade desenvolvida por eles, em total parceria com os morcegos ...

... não me parece natural, mas é possível e eu vi! e ouvi!

Dá ou não dá que pensar?

Dá.

(Nota final: pelo menos, parece que finalmente a primavera está aí - as adelfas estão a florir! E a primeira que vi por aqui é de flor vermelha!)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Poluição Luminosa

4 Comentários
Nos passados dias 2 e 9 de Maio realizou-se em Chaves uma actividade denominada "noites de astronomia" (e em que tive o prazer de participar, diga-se), junto à ponte pedonal do Parque Urbano de Chaves, dado que em 2009 se comemora o Ano Internacional da Astronomia e os 400 anos de observação telescópica, iniciada por Galileu.

Bom, a segunda noite foi especialmente interessante porque abordou, do ponto de vista do astrónomo amador, e excelente orador/animador Paulo Coimbra, o tema que titula este post e é sem dúvida um assunto que nos toca a todos e dá muito que pensar.

Antes de mais será melhor observar bem a imagem anterior (que se refere ao mapa de iluminação nocturna de Portugal Continental) e se calhar dar uma "espreitadela" aos links que ela contém ... e já agora reparem nas "manchas" que mais me interessam: Chaves e Vila Real ou Bragança ... curioso!

Bom, do meu ponto de vista, pode até haver polémica nos diversos caminhos (e aqui não há rotas de Santiago que nos valham) que nos levem até à obtenção do melhor compromisso nos permita ter um pouco dos dois mundos - Claro e Escuro.

Por mim, não consigo conceber um espaço público e verde que apenas tenha utilidade efectiva em determinadas horas do dia. Seria estar a introduzir restrições de diversa ordem onde elas não podem existir sob o risco de se auto-desvirtuar (e tenho em mente especialmente algumas lições de Arquitectura do Arquitecto Paisagista Professor Nazaré Pereira que, em resumo, me fizeram compreender que um espaço que não é usado, dificilmente poderá ser conservado e vice-versa), defendendo igualmente que a iluminação dos espaços públicos deveria ser levada a cabo de forma a projectar a luz em direcção ao solo, onde ela é necessária.

Talvez a verdadeira questão não esteja na quantidade de iluminação (porque, em muitos casos é necessária) mas sim a qualidade da mesma, saltando então para outra dimensão do problema - o custo. (Sim, não haja dúvidas, a qualidade paga-se!).

Desconheço em absoluto se existem ou não, mas sou de acordo com a obrigatoriedade de, em espaço público pelo menos, haver estudos de iluminação, mas estudos a sério, nos quais não considero caberem aqueles que apenas ficam muito bonitos nos trabalhos de renderização.

Ou seja: Legislação - Fiscalização - Bom senso.

Consegui deixar no ar alguma polémica? Excelente, vamos à discussão das ideias e, preferencialmente, à pratica.

Ficaram indiferentes? Não se preocupem, estão perfeitamente enquadrados com a média estatística da malta que vive de e no NPP (Nacional Porreirismo, Pá).

Post Scriptum : Nunca imaginarão, por muito que se esforcem, o que eu já me diverti (divertir é a palavra adequada porque, para mim, o acto de aprender é, sobretudo um prazer) a pesquisar sobre o tema!
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