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domingo, 31 de março de 2013

DOMINGO DE FLORES: madressilva

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Ai Madressilva perfumando os montes
Ao povo não contes quem te perfumou
Foi água fresca da velha nascente
A cantar contente, que por ti passou

Ai Madressilva, pézinho silvestre
Como tu cresceste nos jardins da serra
Ai Madressilva no muro da esperança
Ai madre criança a enfeitar a terra

Ai Madressilva, menina dos muros
Dos cheiros mais puros, singelos, sadios
Ai Madressilva, ai madre que eu canto
Vestida de encanto á beira dos rios

Ai Madressilva dos meus namorados
Dos bailes mandados lá nas romarias
Ai Madressilva, quem te deu o cheiro
Tão casamenteira p’ra tantas Marias


Madressilva seria, de facto, a resposta acertada para o desafio macroVEGETAL#23. Acertou a Montsé, a quem muito agradeço a participação.


Conhecida então como madressilva (apesar de se considerar que a verdadeira madressilva é a espécie Lonicera periclymenum), outros nomes comuns (madressilva-da-china, madressilva-dos-jardins ou madressilva-do-japão) designam igualmente a Lonicera japonica Thunb., uma planta perene, nativa da Ásia, Japão oriental, Coreia, região norte e oriental da China e Formosa, da família das Caprifoliaceae e pertencente ao género botânico da Lonicera, muito bem adaptada aos climas Mediterrânico e Oceânico.


Trata-se de uma arbustiva com capacidades trepadeiras que pode atingir entre os 6m e os 9m de altura.


A folhagem é verde escura e densa, com folhas opostas, ovadas, elípticas, oblongas ou lanceoladas, com 3 a 8 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura.




 As flores são brancas ou amareladas com uma doce fragrância e o fruto é uma baga, globosa, azul escura, de 5 a 8 mm de diâmetro, contendo numerosas sementes.

 


Paisagisticamente esta espécie (e as Lonicera em geral) é muito interessante pela singeleza da sua flor, pelo seu odor perfumado e delicado (atenção que as pessoas mais sensíveis podem sentir-se incomodadas pelo seu aroma, que pode ser considerado forte) e, claro, pelo facto de ser uma planta trepadeira, o que a leva a cobrir com muito sucesso pérgolas, cercas, treliças, caramanchões ou muros, bem como o facto de ser tolerante ao frio e de apresentar um crescimento moderado.

Como curiosidades, regista-se o facto de a flor tem um alto valor medicinal na medicina chinesa tradicional uma vez que apresenta propriedades antibacteriana e antiinflamatória sendo as folhas secas usadas na homeopatia chinesa.

Também é usada como forrageira e, na apicultura, como fonte de néctar e pólen.



madressilva na rede:
+ http://pt.wikipedia.org/
+ http://www.jardineiro.net/

outras madressilvas:
+ http://www.google.com/
+ http://jornal.quercus.pt/
+ http://pt.wikipedia.org/
+ http://aguiar.hvr.utad.pt/



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F.Reis(c)2011: Fotos
Bendafé: Local
adaptado de várias fontes: Texto
Letra do fado "Cheirinho a Madressilva" de José Luís Gordo-Mário Raínho/Fontes Rocha do repertório de Maria da Fé cit. in http://fadosdofado.blogspot.pt/: Poema

sábado, 29 de setembro de 2012

Ausência!, minha doce fuga!

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Hera.

Será que já era tempo de regressar?

Amanhã sai o macroVEGETAL#19 e depois conversamos sobre o assunto.

domingo, 26 de agosto de 2012

DOMINGO DE FLORES: Glicínia

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Glicínia ... era a resposta acertada ao desafio de Agosto.


Wistéria-japonesa, wistéria, cachos-roxos ou lilases são outros dos nomes comuns da Wisteria sinensis (SIMS) SWEET, uma trepadeira da família das Fabaceae (Leguminiosae), originária da China, como o seu nome científico faz adivinhar.



 
 Planta vigorosa e lenhosa, a glicínia produz belos cachos de flores de coloração branca, lilás (como é o caso das fotografadas por mim) ou rosada. Os cachos de flores têm um tamanho que não ultrapassa 30 cm, com flores que surgem em todo o seu esplendor na Primavera-Verão.


As flores são claramente zigomórficas (flores com simetria bilateral, que podem ser divididas unicamente em duas partes iguais) com as sépalas unidas num tubo e, tipicamente, com duas pétalas laterais (asas) livres e duas pétalas inferiores interiores e (geralmente) parcialmente aderentes umas às outras com pêlos marginais de ligação formando uma quilha. Cada flor possui entre 5 a 10 estames.


 





Como se trata de uma espécie da família das favas, das ervilhas ou dos feijões (para citar alguns apenas), as sementes, obviamente, estão dentro de uma vagem. No entanto é necessário ter em atenção que estas não devem ser ingeridas, por serem tóxicas.

















Paisagisticamente, é indiscutível o seu grande valor ornamental, podendo encontrá-la cultivada isoladamente ou combinada com uma ou mais variedades, resultando em belos efeitos no revestimento de caramanchões ou enroscando-se em troncos de árvores, colunas, muros, grades e portões, trazendo aos jardins ou espaços ajardinados um carácter romântico e bucólico, perfumando agradavelmente o ar durante todo tempo da floração. Além destas aplicações, nos jardins ou varandas, podem ser igualmente cultivadas como um arbusto (e até mesmo como um bonsai) ou plantadas em vasos grandes ou caixas. O importante será assegurar um local que suporte bem o crescimento das raízes e, preferencialmente um bom suporte que permita à planta crescer e atingir o seu esplendor. Aliado ao aspecto visual temos que considerar ainda o odor que, na glicínia, pode ser agradavelmente doce e suave, dando algum significado histórico a palavras como "romântico" ou "bucólico".

Ficam alguns exemplos:

Em Chaves, no "bouvette" das Caldas, em Caramanchão

 Em Vila Nova, Cernache, suportada num corrimão


Em Óbidos, ornamentando uma parede

 
Em Chaves, na Quinta do Rebentão, cobrindo uma cerca metálica

Para além destes aspectos temos que realçar ainda que o vigor, a resistência ao frio e a longevidade, fazem igualmente parte das suas "qualidades", bem como o facto de ser muito apreciada pelas abelhas, fazendo dela uma espécie valiosa também para os apicultores.

Fica, para finalizar, a indicação que em Portugal (mais especificamente em Penacova - Coimbra) existe uma glicínia com 89 anos, classificada pela AFN (Autoridade Florestal Nacional) como árvore de interesse público (são duas mas apenas uma delas me prendeu a atenção), que farei questão de visitar numa próxima oportunidade.


UM BOM DOMINGO FLORIDO PARA TODOS!


(e ESTE é o link para um excerto do poema referido no passado dia 5)

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Fotos: F.Reis(c)2012
Locais: Bendafé, Condeixa-a-Nova, Chaves
Texto: Adaptado de várias fontes
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sábado, 19 de novembro de 2011

DOMINGO DE FLORES: kiwi

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Quivi ou quiuí (para além das designações groselha chinesa ou melonette, que não vingaram) são outros dos nomes comuns da Actinidea deliciosa LIANG & FERGUSON (e muitos dos seus híbridos), uma planta trepadeira lenhosa pertencente à família das Atinidiaceae - o género, com cerca de 70 espécies, inclui arbustos que atingem os 6m de altura e trepadeiras cuja extensão chega a atingir cerca de 30m.



É originária do sul da China (estende-se ainda a Taiwan, Coreia, Japão e sudeste da Sibéria e Indochina), nos vales do rio Yangtze e da província de Sichuan, onde é produzida pelos seu frutos, considerados uma iguaria, já lá vão uns bons 700 anos.


A partir do nome "groselha chinesa" ou "melonette", em meados do século XX, o fruto foi rebaptizado na Nova Zelândia, o primeiro país onde foi produzido comercialmente em larga escala (as razões da mudança de nome prenderam-se com a procura de um nome comercial apelativo pelo seu exotismo e com a necessidade de evitar as altas tarifas então impostas pelos Estados Unidos da América às groselhas e aos melões). Fica assim conhecido por "kiwi", uma palavra maori que designa também uma ave terrestre endémica na Nova Zelândia.




A sua cultura expandiu-se a partir da China, nos primeiros anos do século XX, quando sementes da planta foram levadas para a Nova Zelândia por Isabel Fraser, directora de um colégio feminino em Wanganui (o Wanganui Girls' College), que tinha estado de visita a escolas missionárias no sul da China. As sementes foram plantadas em 1906 por um viveirista de Wanganui, Alexander Allison, tendo produzido os primeiros frutos em 1910.

Em Portugal, a cultura foi iniciada na década de 70 pelo Dr. Ponciano Serrano que trouxe de França as plantas e plantou o primeiro pomar, reconhecendo as excelentes condições edafo-climáticas da Região para a produção de kiwis.



O interesse principal desta espécie dióica (os dois sexos separados em exemplares específicos - masculinos e femininos) reside no seu fruto que é considerado o fruto comercial com maior quantidade de vitamina C já identificado, além de ser particularmente rico em alguns oligoelementos, como o magnésio, o potássio e o ferro e a sua popularidade deve-se, principalmente, à combinação apetecível entre sabor, valor nutricional, aspecto ímpar e originalidade na denominação.

Os frutos são ovais, com o tamanho aproximado de um ovo de galinha, com uma casca fibrosa, baça, castanho-esverdeada que recobre uma polpa verde brilhante ou verde-amarelada que contém fileiras de pequenas sementes negras comestíveis. Quando maduro o fruto é sumarento e macio, com um paladar e cheiro muito característicos.



Não é de descurar como interessante, o facto de ambos os sexos produzirem flor (parece-me (pelas estruturas observadas e pela literatura consultada, que as fotos apresentadas aqui, se reportam todas a um exemplar feminino).




Apesar de ter sido declarado como Fruto Nacional da República Popular da China, é a Itália que lidera a lista dos maiores produtores mundiais do fruto, seguida da Nova Zelândia, Chile, França, Grécia, Japão e Estados Unidos da América.



DOMINGO DELICIOSO PARA TODOS!



O meu agradecimento a todos os que tentaram "adivinhar" qual era a planta no desafio macroVEGETAL#8, em especial à Cármen Nóbrega, que acertou em cheio no desafio, também lançado na minha página do facebook.


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Fotos: F.Reis(c)2010 e F.Reis(c)2011
Local: Vila Nova, Cernache - Condeixa-a-Nova
Texto: adaptado de várias fontes

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o kiwi na rede:

. WIKIPEDIA ou WIKIPEDIA
. APK (ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE KIWICULTORES)
. NESTLÉ
. blogue DIAS COM ÁRVORES
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DOMINGO DE FLORES: hera

4 Comentários
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Tuas mãos, invadem-me,
como a hera que trepa segura,
pelo tronco da árvore,
feita de muitas primaveras,

Tuas mãos enrolam-se,
tuas mãos agarram-me,
eu deixo-me ficar,
assim, perdida no meio delas...

Colo-me em teu abraço,
aproveito o que me resta,
quando morta de cansaço
me entrego sem folgo,
e em teu corpo, de novo, me revelo...

Levo-te suspiros gritados,
nesta voz que se diz,
feita a dois tons,
de nossos corpos entrelaçados.

Quero que sejas a minha árvore.
Eu, sou a tua hera trepadeira.



Heradeira, hereira, aradeira, hedra, hera-dos-muros, trepadeira ou hera-trepadeira, são outros nomes comuns pelos quais é conhecida esta planta (Hera helix L.), uma trepadeira da família das Araliaceae e natural da Europa (Central e Ocidental).


Como boa trepadeira que é (com o caule a poder atingir os 30 m e ramos lenhosos, muito longos, delgados e flexíveis que se elevam), geralmente cresce apoiando-se noutras plantas, por meio de raízes laterais aéreas, sendo o seu habitat natural as sebes, muros e árvores, ou cobrindo o chão de matas em locais húmidos.



O pormenor paisagístico mais interessante nesta espécie é, sem dúvida alguma, as suas folhas, que são simples, persistentes, verde-escuras, brilhantes, coreáceas, alternas, lobuladas ou cordadas na fase juvenil a inteiras quando adultas.


Por seu lado, as inflorescências são pequenas umbelas esféricas com flores hermafroditas, amarelo-esverdeadas que florescem de Setembro a Outubro.



Apesar de trepadeira, não é uma espécie parasita, ficando ao critério de quem a usa ou vê, considerá-la como uma boa ornamental ou um "diabo" que detriora paredes e invade o solo ...


BOM DOMINGO DE FLORES PARA TODOS

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Fotos: F.Reis(c)2010 e 2011
Locais: Bendafé, Chaves, Vila Nova e Vila Real
Texto: adaptado de WIKIPEDIA
Poema: "Tuas Mãos" de Beatriz Barroso cit. in LUSO-POEMAS

Nota:. nestas imagens percebe-se de onde saiu e a que pertence a MACROvegetal do post anterior.

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domingo, 5 de dezembro de 2010

DOMINGO DE FLORES: flor-da-cabaceira

3 Comentários
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flor e folhas

Cabaça é a designação comum dos frutos da cabaceira - plantas trepadeiras herbáceas da família das cucurbitáceas (no caso, penso tratar-se de um exemplar de Lagenaria siceraria [Molina] Standl.).

O fruto seco é amplamente utilizado de várias formas, como por exemplo em recipientes para líquidos (transporte e armazenamento), amplificador acústico em instrumentos musicais (como o berimbau, o chocalho ou as maracas), no artesanato, brinquedos, ...


o fruto - a cabaça

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Nota:. as imagens são de minha autoria e foram colhidas em Chaves
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domingo, 28 de novembro de 2010

DOMINGO DE FLORES: glória-da-manhã

3 Comentários
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"(...) dizer que o dia está bom é difícil, e o dia bom, ele mesmo, passa. Temos pois que conservar o dia bom em memória florida e prolixa, e assim constelar de novas flores ou de novos astros os campos ou os céus da exterioridade vazia e passageira (...)"*





A Ipomoea purpurea L. (conhecida igualmente como corda-de-viola), é uma espécie do género Ipomoea, nativa do Mexico e da América Central.

Como todas as boas trepadeiras, esta planta tem folhas em forma de coração e galhos pilosos que se enlaçam ao redor das estruturas onde vive. As flores tem forma de trombeta, predominando o azul para púrpura ou branco, com 3 a 6 cm de diâmetro.




MANHÃS DE GLÓRIA PARA TODOS!


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Nota:. as imagens foram todas recolhidas por mim na Bendafé, num muro (última imagem) que ornamentam e mostram todo o seu potencial e esplendor e a informação foi recolhida de diversas fontes na internet.

o Pensamento, claro que só podia ser de Fernando Pessoa, sobre a "poesia" in "Livro do Desassossego" cit. in O Citador

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domingo, 21 de novembro de 2010

DOMINGO DE FLORES: trombetas-chinesas

2 Comentários
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Da Família das Bignoniaceae e originária da China e do Japão, a Campsis grandiflora K. SCHUM é uma trepadeira perene muito rústica e resistente às doenças e apropriada para a "escalada" e "cobertura" de espaços ou elementos decorativos (restos de árvores secas, colunas, grades, muros, cercas, pérgolas, arcos ...).


Certamente um "arbusto" trepador a ter em muito boa conta.




BOM DOMINGO!


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As plantas retratadas aqui, foram fotografadas por mim neste Verão em Vila Nova (Condeixa-a-Nova) e Chaves.
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