Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…
(...)
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…
(...)



-
Foto: F.Reis(c)2011/03/24
Local: Chaves, Vilarelho da raia: Fonte da Facha
Poema: "O Sono das Águas" de Guimarães Rosa in BLOGUE DOS POETAS
Outros: http://www.aguas.ics.ul.pt/vilareal_vraia.html
-