Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…
(...)
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…
(...)
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Foto: F.Reis(c)2011/03/24
Local: Chaves, Vilarelho da raia: Fonte da Facha
Poema: "O Sono das Águas" de Guimarães Rosa in BLOGUE DOS POETAS
Outros: http://www.aguas.ics.ul.pt/vilareal_vraia.html
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4 comentários:
O poema é lindo.
A fonte não conheço.
Por isso, obrigado pela dica.
Um abraço.
Lindo poema!! siempre hay un momento en que todo duerme, incluso el agua que suele estar en constante movimiento.
Un abrazo, Fernando y buen fin de semana!!
Nunca tinha pensado desta forma, tão grande é a associação da "água" com ideias de fluidez, mudança e movimento. Mas não deixa de abrir caminho à evidência de que também a água necessita de descansar :))
Um abraço e um excelente fim-de-semana!
...
"Mas nem todas dormem,
nessa hora de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
Essa… nunca tem sono… "
Adoro!
Belas imagens da minha Chaves querida. Logo, logo estarei por lá.
Um beijo e ótima semana pra você Fernando.
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