Leio esta frase nos sacos de plástico de um hipermercado desses que por aí há, normalmente acompanhada por outra ...
... e tenho que fazer um esforço muito grande para as (engolir) compreender - não percebo bem o seu significado; parecem-me um tremendo contra-senso.
Quanto ao saquinho de plástico em si, gostava muito de lhes ver associado (e aos donos dos hipermercados que os compram e "oferecem" ou vendem) o anúncio, em letras tão gordas como aquelas lá impressas, da chamada "pegada ecológica" ou, por outras palavras, valor da factura energética que a sua produção, comercialização, transporte, consumo, degradação , poluição, (...) realmente custam, não só a Portugal (onde eu, de facto, escolhi viver), mas globalmente a toda a Humanidade. Não só à do presente mas, e principalmente, à do futuro!
Então querem convencer-me que agora, por artes de mágica, as embalagens de plástico já não têm um período de absorção pela natureza próximo dos 40 anos?
E, já agora, haverá algum produto que não seja 100% degradavél? Alguns são também 100% "desagradável" mas, mesmo esses se degradam, mais tarde ou mais cedo (e é no mais tarde que costuma estar o problema).
Se calhar não seria má ideia que o lucro das empresas (destas e doutras. Provavelmente todas) apenas devesse ser reconhecido após "boa devolução" (investimento) à natureza.
E os produtos que eles transportam?
Com uma agricultura deficiente, escassa e cada vez mais reduzida a uma situação de auto-consumo muitas vezes marginal e de pobreza (é só olhar em volta e ver com olhos de ver), pergunto eu: quem os produz? Em que condições? Com que factores de produção? Quais as quantidades? Quais as técnicas de produção utilizadas? ... (se quiseram mais, investiguem por conta própria que o que não faltam é organizações e quilos de literatura a desejar (in)formar sobre o assunto).
Querem portanto convencer-me que são exactamente aqueles produtos que menos pegada ecológica deixam (por exemplo, os que até ostentam o título de biológicos ... ) que são os mais atractivos para as grandes superfícies comerciais, em quantidade, em qualidade e em género?
E o que é que é nosso? E sendo nosso é nosso-Português ou nosso-europeu?
Deixemo-nos de tretas.
Eu escolho um Portugal (oh zézinho, aqui incluo as ilhas igualmente, certo?), naturalmente auto-sustentável e tendencialmente ecológico, que sei não existir ainda de todo (tenho esperança que um dia esse D. Sebastião apareça por aí ao virar de uma qualquer esquina, porque até lá só faço o que posso).
A palavra de ordem será sempre (e sim, já devem estar tão fartos como eu de a ouvir) "RECICLAR" e "REUTILIZAR" (e é claro que o terceiro "R" ficou metido deliberadamente no saco! ... a ver vamos se alguém se interessa em saber qual é...).
Fiquem com alguns dados sobre tempo de absorção pela Mãe-Natureza de alguns produtos que utilizamos no dia-a-dia, só para pensar neste assunto com outro olhar. Dados que recolhi de muitas fontes e que, por isso, não incluo:
• Papel comum: 2 a 4 semanas
• Cascas de bananas: 2 anos
• Latas: 10 anos
• Vidros: 4.000 anos
• Tecidos: 100 a 400 anos
• Pontas de cigarros: 10 a 20 anos
• Couro: 30 anos
• Embalagens de plástico: 30 a 40 anos
• Cordas de naylon: 30 a 40 anos
• Chicletes: 5 anos
• Latas de alumínio: 80 a 100 anos
• Cascas de bananas: 2 anos
• Latas: 10 anos
• Vidros: 4.000 anos
• Tecidos: 100 a 400 anos
• Pontas de cigarros: 10 a 20 anos
• Couro: 30 anos
• Embalagens de plástico: 30 a 40 anos
• Cordas de naylon: 30 a 40 anos
• Chicletes: 5 anos
• Latas de alumínio: 80 a 100 anos
E, porque não, alguns sítios interessantes onde se aborda o assunto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
http://www.pontoverde.pt/
http://www.apambiente.pt/
2 comentários:
Boas amigos Reis.
Sim, infelizmente também terás de íncluir as ilhas. Porque é normal, em Portugal continental e ilhas, que quando vamos ao hiper, vejo pessoas a meter 2 ou 3 coisinhas em cada saco, acabando por levar para casa mais sacos do que alimentos.
Penso que o problema se resolveria muito facilmente. Se os sacos fossem pagos, as pessoas começavam a pensar 2 vezes e iam reutilizar os antigos ou levavam mochilas para trazer os alimentos.
Aqui por Copenhaga, isso resulta muito bem. O preço de um simples saco faz com que nunca te esqueças de levar a mochila quando vais às compras.
Grande Abraço, amigo Reis, continua :)
amigo zé, de copenhaga (buááá que inveja) também acho que os 2 a 3 euro-cêntimos que damos no pingo-"azedo" e no mini"custo" (chamo-os assim, por uma questão de publicidade ...) não são dissuasores de coisa nenhuma. É tudo uma questão de consciência.
1 abraço forte.
REIS
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