Dizem as crónicas que Chaves foi elevada à categoria de Cidade em 12 de Março de 1929.
Em jeito de celebração, ficam algumas imagens recentes minhas, dos locais que frequentemente gosto de observar com atenção ...
A mais nova e pedonal ponte sobre o Tâmega do recente e ainda não oficialmente denominado (nem inaugurado, penso eu ...) Parque Urbano de Chaves
... e um poema.
Entre os tantos que li, gosto em especial deste - de Artur Maria Afonso (que "roubei" do site de Fernando Ribeiro) que tem o mérito de trazer consigo para esta celebração o nome de outro dos ilustres filhos desta terra - o Arquitecto, pintor (e tudo o mais que estará ainda por revelar) Nadir Afonso, mas vamos a ele ...
CHAVES
Certamente foi assim
Que Deus bom e poderoso
Fez este rincão formoso,
Fez este invulgar jardim:
O Sábio da Criação,
Nun dia d’ispiração
E graça omnipotente
Entendeu em seu juízo
Pôr na terra um paraíso
Ideal, surpreendente!
Seria ao formar os montes,
Que fitando os Horizontes
Disse consigo: - É ali ...
É ali que vou fazer
Um paraíso a valer!
E com mão maravilhosa
Como igual outra não vi.
Traçou a Veiga formosa,
Desenhou CHAVES aqui!
Teve a ideia, o cuidado
De fazer brotar ao lado
Umas águas muito raras,
Muito quentes, alcalinas,
De qualidades divinas!
Deu-lhe mimosas searas
E mais fontes cristalinas.
Deu-lhe o Tâmega saudoso
Partindo Chaves ao meio
Para no Verão calmoso
Lhe beijar risonho o seio.
E para a resguardar bem
Lançou-lhe serra em roda
Que nenhuma terra tem.
Deu-lhe pombais, deu-lhe rosas,
Deu-lhe frutas saborosas
E o relevante condão
De ter fortes e muralhas
Para nas rudes batalhas
Conter alheia traição.
Deu-lhe capelas piedosas
Ungidas de devoção ...
Deu-lhe moitas odorosas
De rosmaninho e serpão.
Deu-lhe fartos arredores,
Alegres, ao sol abertos
De mil tentações cobertos
Que fazem sonhar amores.
E dentre os prémios mais finos
Fez-lhe uma mercê louçã
Para adoçar seus destinos:
Deu-lhe rostos femininos
Rivais do sol da manhã!
Criou-lhe o matriz dos vales,
Deu-lhe paz e deu-lhe ainda
O doce canto das aves
P’rá fazer mais bela e linda!
Para fazer-te princesa
Deu-lhe brilhos ... tantos ... tantos,
Que não pôde concerteza
Legar-te maior beleza
Ó Éden dos meus encantos!
Depois da obra ridente
O construtor excelente
Regressou à concha astral,
Deixando entre estas serras
A mais formosa das terras
De quantas tem Portugal!
Chaves, 9.Set.1938, In o livro de poesias “Auras Perfumadas”
Certamente foi assim
Que Deus bom e poderoso
Fez este rincão formoso,
Fez este invulgar jardim:
O Sábio da Criação,
Nun dia d’ispiração
E graça omnipotente
Entendeu em seu juízo
Pôr na terra um paraíso
Ideal, surpreendente!
Seria ao formar os montes,
Que fitando os Horizontes
Disse consigo: - É ali ...
É ali que vou fazer
Um paraíso a valer!
E com mão maravilhosa
Como igual outra não vi.
Traçou a Veiga formosa,
Desenhou CHAVES aqui!
Teve a ideia, o cuidado
De fazer brotar ao lado
Umas águas muito raras,
Muito quentes, alcalinas,
De qualidades divinas!
Deu-lhe mimosas searas
E mais fontes cristalinas.
Deu-lhe o Tâmega saudoso
Partindo Chaves ao meio
Para no Verão calmoso
Lhe beijar risonho o seio.
E para a resguardar bem
Lançou-lhe serra em roda
Que nenhuma terra tem.
Deu-lhe pombais, deu-lhe rosas,
Deu-lhe frutas saborosas
E o relevante condão
De ter fortes e muralhas
Para nas rudes batalhas
Conter alheia traição.
Deu-lhe capelas piedosas
Ungidas de devoção ...
Deu-lhe moitas odorosas
De rosmaninho e serpão.
Deu-lhe fartos arredores,
Alegres, ao sol abertos
De mil tentações cobertos
Que fazem sonhar amores.
E dentre os prémios mais finos
Fez-lhe uma mercê louçã
Para adoçar seus destinos:
Deu-lhe rostos femininos
Rivais do sol da manhã!
Criou-lhe o matriz dos vales,
Deu-lhe paz e deu-lhe ainda
O doce canto das aves
P’rá fazer mais bela e linda!
Para fazer-te princesa
Deu-lhe brilhos ... tantos ... tantos,
Que não pôde concerteza
Legar-te maior beleza
Ó Éden dos meus encantos!
Depois da obra ridente
O construtor excelente
Regressou à concha astral,
Deixando entre estas serras
A mais formosa das terras
De quantas tem Portugal!
Chaves, 9.Set.1938, In o livro de poesias “Auras Perfumadas”
Parabéns
Aquae Flaviae,
Aquae Flaviae,
faço votos para que os teus "filhos" te tratem sempre com o respeito que TU MERECES.
Fontes de pesquisa (para além do molho de Chaves ali do lado):
[Fonte: Wikipedia]
[Fonte: Solares de Portugal]
[Fonte: Câmara Municipal de Chaves]
[Fonte: MontraNet]
.
1 comentário:
Tanto quanto sei, a elevação de Chaves à categoría de cidade teve a "cunha" do então Presidente da Republica, Marechal Carmona, filho de um flaviense.
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