Este post é uma homenagem para Hugo Alfredo, o homem que morreu na rua (pouco ou nada me importa onde foi - podia ter sido num qualquer aqui) perante a indiferença dos outros vinte e cinco que passaram e testemunharam a sua agonia, como relata esta notícia.
Uma imagem do maior coração que se aceita existir e um poema sobre a vida.
Fica para reflexão a pergunta: Que tempos são estes?
-
Uma imagem do maior coração que se aceita existir e um poema sobre a vida.
Pergunto-te Onde se Acha a Minha Vida
Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Fica para reflexão a pergunta: Que tempos são estes?
-
Sem comentários:
Enviar um comentário