Sob o caramanchão de glicínia lilás
As abelhas e eu
Tontas de perfume
Lá no alto as abelhas
Doiradas e pequenas
Não se ocupavam de mim
Iam de flor em flor
E cá em baixo eu
Sentada no banco de azulejos
Entre penumbra e luz
Flor e perfume
Tão ávida como as abelhas
As abelhas e eu
Tontas de perfume
Lá no alto as abelhas
Doiradas e pequenas
Não se ocupavam de mim
Iam de flor em flor
E cá em baixo eu
Sentada no banco de azulejos
Entre penumbra e luz
Flor e perfume
Tão ávida como as abelhas
Nota:. já não há aqui flores daquele lilás, mas o caramanchão continua à espera de "clientes".
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Foto: F.Reis(c)2011
Local: Chaves
Poema: "Naquele tempo" de Sophia de Mello Breyner Andresen, cit. in ILUSTRACAODOVAZIO
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5 comentários:
Uns lindos momentos em que a reflexão é raínha!
Maravilhoso este hino da Sophia às glicínias e às abelhas !
Ela que as tinha na Quinta do Campo Alegre.
Também não estou a localizar este caramanchão, Fernando...
Um abraço.
Também estou a procura... simplesmente lindo. beijinhos.
Nem mais MFC, nem mais ...
João: este em especial fica nas caldas de Chaves, no interior do buvete das águas termais, agora em pleno Parque Urbano (e encerrado temporariamente) - ao fundo vêem-se as janelas do hotel Aquae Flavia. Este é o espaço interior e não é propriamente um caramanchão mas antes uma pérgola, que cria, desde que "nasceu" este espaço um ambiente bucólico, convidativo ao descanso e à reflexão. Não esquecer que é um espaço destinado a tratamentos (bebida) de águas termais.
Patricia: também eu ... se calhar também todos nós.
Um abraço aos 3.
Obrugado, Fernando.
Já sei bem onde é.
Um abraço.
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