Porque está um frio "de rachar" e cai sobre as montanhas que rodeiam a cidade um nevoeiro espesso, que lembra o mar ...
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Frates
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Frates
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Foto: F.Reis(c)2012
Local: Chaves
Poema: "Nevoeiro" de Fernando Pessoa in MENSAGEM, Terceira Parte - O ENCOBERTO: III - OS TEMPOS; Quinto - NEVOEIRO (10-12-1928) cit in http://www.historia.com.pt/
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1 comentário:
Parece mesmo um mar imenso e lindo!
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