Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
3 comentários:
Neruda é terníssimo!
A tua fota legenda lindamente o poema!
O vinho acompanha bem o amor...
complmentando cito a elegia de Rainer Maria Rilke :
..." leves ondulações no contorno das folhas/como um sorriso do vento/-por que então,escravos do humano anelar pelo destino /fugindo ao destino?..."
os poetas e suas doces inquietações nos contagiam rs
linda escolha de Neruda Fernando e a folha lenbrando a brevidade da beleza.
um abraço e obrigada pela rara e querida presença.
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