Todos os caminhos me servem.
Em todos serei o ébrio
cabeceando nas esquinas.
Uma rua deserta e o hálito
das pessoas que se escondem,
uma rua deserta e um rafeiro
por companheiro.
Ó mar que me sacode os cabelos
que mulher alguma beijou,
lágrimas que os meus olhos vertem
no suor dos lagares,
que uma onda vos misture
e vos leve a morrer
numa praia ignorada.
Em todos serei o ébrio
cabeceando nas esquinas.
Uma rua deserta e o hálito
das pessoas que se escondem,
uma rua deserta e um rafeiro
por companheiro.
Ó mar que me sacode os cabelos
que mulher alguma beijou,
lágrimas que os meus olhos vertem
no suor dos lagares,
que uma onda vos misture
e vos leve a morrer
numa praia ignorada.
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Foto: F.Reis, Agosto de 2010 - Pontes Pedonais Gémeas
Local: Bragança
Poema: "Todos os Caminhos me Servem" de Fernando Namora, in "Mar de Sargaços" cit. in O CITADOR
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1 comentário:
Magnífica postagem !
Não conhecia este poema que vai muito bem com as duas passagens pedonais.
Um abraço.
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